segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Instiga


Exposição dos 100 anos da imigração japonesa. Mon, setembro de 2008.

sábado, 27 de setembro de 2008

Long long night


Sarjeta nada. Esse aí enfiou o pé na jaca com classe - no MON. Setembro de 2008.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Donde Miras - Pedrinhas

Bicicloteca em Vila de Pedrinhas, julho de 2008.





domingo, 21 de setembro de 2008

Viajeros - As várias faces de Buenos Aires

Entre experiências agradáveis e decepções, Buenos Aires está sendo uma loucura. Um dia, andando pelas ruas centrais, nos deparamos com um trio de rock (baixo, guitarra e bateria) alucinante. Uma grande platéia se juntou na praça, inclusive senhores de terno e gravata curtindo o som, que variava do punk até o reggae. Puro improviso.


Rock de rua.

Depois fomos parar numa casa de shows que parecia ser muito boa, com quadros inspirados no tango e velas sobre as mesas. A entrada era trinta pesos por pessoa. "Não tem desconto para estudante?", tentei pechinchar. O funcionário acabou colocando nós dois para dentro por uma entrada. Saímos no lucro? Nada disso. Trinta pesos jogados no lixo. Uma tal de Silvina Garrés subiu ao palco e nos fez conhecer o pior da música pop romântica argentina. E ainda por cima deve ser famosa, a platéia sabia todas as letras de cor.


Apresentação de Silvina Garrés.

O Thiago quase dormiu. Eu fiquei tentando entender o que ela falava, mas era sempre sobre alguém sem o qual ela não pode viver...
A casa em que estamos hospedados é muito legal. Pablo, um dos moradores, faz parte do Soy Loco Por Ti, organização pela união latino-americano que tem como membros amigos nossos de Curitiba. Nesta casa moram umas seis pessoas, que vivem solidariamente e abrem espaço para a cultura.


Casa do Pablo

Às segundas-feiras acontece o ensaio da banda de música andina, da qual Pablo faz parte. Domingo houve uma oficina de introdução ao calendário maia. Sexta-feira teve uma festa de comemoração da independência do Chile. Pablo e Antonio, outro morador da casa, são chilenos, e muitos amigos também chilenos compareceram à festa no terraço. Ficamos conversando com o Reymond. Ele é de Mendoza, província argentina na divisa com o Chile, famosa por seus vinhos. Seu irmão está morando em Cuba, nós queremos ir para Cuba e assim a conversa foi fluindo. Ele nos chamou para irmos a um bar, onde tocaria com outros músicos. Já que era de graça, fomos.

No caminho descobrimos que se tratava de um bar de jazz. Reymond toca saxofone e junto com ele estavam o também saxofonista Johnny, um baixista e um baterista. Foi fantástico. Johnny parecia que tinha música nas veias, além de ser um palhaço. A platéia também dava espetáculo. Os amigos dos músicos eram... como posso dizer... insanos.


Reymond e Johnny tocando saxofone. Foto de Thiago.

Depois da apresentação, uma mulher na mesa ao lado estava contando a história da Geni, personagem da música da Ópera do Malandro, de Chico Buarque. Me meti no meio da conversa: "oi, tudo bem, eu sou do Brasil, estava ouvindo a conversa e só queria dizer que, na verdade, Geni é um travesti". Assim começou o papo. Ela apóia o MST e o Psol, queria saber em quem eu vou votar, como está o processo eleitoral no Brasil, essas coisas. Engraçado, ela sabia mais da conjuntura política do Brasil que muitos brasileiros. Saímos do bar e voltamos para a festa. Quer dizer, eu fui direto para a cama.

Outra coisa interessante é que nas praças e parques sempre há pessoas deitadas na grama, lendo, brincando ou simplesmente tomando sol. E quando digo pessoas incluio crianças, velhinhos, jovens, casais de meia idade e também moradores de rua. Isso me surpreeendeu. Aqui não é como em Curitiba - riquinhos no Barigüi, mendigos na Tiradentes. As pessoas se misturam um pouco mais e parece que não se tem tanto medo dos moradores de rua.

Ah, mas como costuma ser em todos os lugares, existem várias Buenos Aires. A Buenos Aires dos cafés caros do centro, com pessoas sérias, bem vestidas, com jeito de esnobes. A Buenos Aires da periferia, repleta de bolivianos, favelas (ou villas, como chamam os argentinos) e condomínios feios. A Buenos Aires de San Telmo, o tradicional bairro com suas lojas de antigüidades, no qual a cerveja custa em média oito pesos, enquanto nos lugares mais baratos se pega três pesos e cinqüenta centavos. Tem a Buenos Aires da Recoleta, onde se localiza a Plaza de Francia, que me pareceu o lugar mais nobre da cidade. É incrível a tenaz linha que separa a nobreza dos plebeus. Estávamos na Recoleta, saindo da feira de artesananto, com fome e procurando um lugar para almoçar. Tudo caro, obviamente. "Vamos até o centro", pensamos, "lá vai ser mais barato". E, depois de caminhar um pouco, de repente, de uma quadra para outra, saímos do reduto de luxo, onde as ruas são mais limpas e arborizadas, as lojas mais finas, os prédios mais elegantes, e entramos no centro. Três e cinqüenta um sanduichão. Viva as lanchonetes de banheiro sujo e comida barata.

Aliás, essa é uma característica argentina que não me agrada: comida baratinha, só besteirada. Não agüentamos mais comer pizza barata de mussarela. As massas também não saem muito caro e são bem mais atrativas, mas para quem está querendo economizar, é um luxo que só se permite de vez em quando. Bom mesmo é quando podemos cozinhar. Comida boa, saudável e barata.

É, Buenos Aires surpreende, em todos os sentidos. Europa sul-americana, nem tanto. Mas que é uma loucura, ah, isso é.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Donde Miras - Quentinho


Aldeia Tenonde Porã, São Paulo - julho de 2008.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Primavera II


Thiago. Curitiba, setembro de 2008.

domingo, 14 de setembro de 2008

Primavera I


Curitiba, setembro de 2008.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Aipim


Gatinho do Nazen. Curitiba, agosto de 2008.

sábado, 6 de setembro de 2008

Viajeros - Homem primata

Nas situações mais corriqueiras me deparo com a necessidade urgente de uma grande mudança que parta da humanidade. É uma questão de mentalidade, dos valores básicos que regem nosso cotidiano, nossos relacionamentos, nossa visão de mundo, do outro e de nós mesmos.

Há pouco mais de um ano estive como turista em Buenos Aires. Naquela ocasião conheci a Plaza de Francia, que todo fim-de-semana é ocupada por uma feira de artesanato. Fiquei encantada com tantas coisas lindas, que por sua originalidade e engenhosidade atingiam a condição de arte. Hoje voltei à mesma praça, agora como artesã, e infelizmente o encanto se desfez.

Chegamos à praça e fomos fazer o "reconhecimento do local". Percebemos que não havia artesãos estendendo panos no chão. Conversei com um vendedor e ele me confirmou que realmente a polícia não permite a venda informal. Amarrei nossos swings de fitas no pescoço e comecei a brincar com um par deles, mostrar como se faz. Se alguém parasse para olhar, daí sim diria que estavam à venda. Um jeitinho de driblar a polícia.

Ao meu lado, a uns seis metros, um senhor tocava seu violão, com o chapéu no chão. Ele pareceu fazer um gesto para mim. "Será que ele quer que eu saia?", pensei. "Não, não deve ser isso". Mas era. Ele se levantou e veio em minha direção. Disse que eu tinha parado muito perto dele, que era para eu sair dali. Argumentei que não estava pedindo dinheiro pelo "espetáculo" (eu estava treinando, minha habilidade com os malabares é pífia). Mas ele firmemente, ou rudemente, falou que eu desviaria a atenção das pessoas. "Há outros lugares por aí, aqui já tem gente suficiente", concluiu. Virou as costas e voltou à sua posição. Eu, muito chateada, cedi. Afinal, se o trabalho de um artesão atrapalhasse o do outro, por que todos se juntariam em uma praça? Não é justamente a diversidade o atrativo das feiras?

Saí para dar uma volta, tirar fotos, espairar. Encontrei um outro senhor tocando violão e cantando. Apontei minha objetiva, estava ajustando o foco quando o vi fazer um gesto - dessa vez eu entendi, ele queria que eu colocasse uma moeda, justo eu, andarilha aspirante a artesã frustrada. "Sem dinheiro, sem foto", disse ele. Parou a música só para me impedir de tirar uma foto. Fiquei tão chocada que não consegui argumentar. Nocaute. Justamente dois senhores, de quem se espera sabedoria, ou ao menos maturidade. No mínimo educação. Mas a pobreza de espírito não tem idade, sexo nem raça.

Lembrei dos artesãos de Isla de Cerrito. Sentiam imenso prazer em dividir seu espaço, sua comida, seu conhecimento com quem quer que fosse, inclusive dois brasileiros que haviam conhecido dois dias antes.

Sim, é uma questão de mentalidade, de valores. De pôr em prática a fraternidade e superar o egoísmo e o materialismo. Uma questão de se permitir evoluir, de plenamente ser humano.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Caron e suas Crônicas



O fotógrafo Daniel Caron está com a exposição "Crônicas Curitibanas" no espaço cultural das Livrarias Curitiba do shopping Estação. O lançamento foi no dia primeiro e a exposição continua até o dia 28. Vale a pena conferir. Dá-lhe Caron!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Donde Miras - Pelada

Cananéia, julho de 2008.




Goleira