sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Reduto


São Paulo, julho de 2008.

Em plena região central da capital paulista, redutos verdes surpreendem os que encaram São Paulo como uma monótona selva de pedra. Caminhando pela cidade encontrei verdadeiros bosques em meio ao cimento, surpreendendo com seu frescor e cheiro de mata. Esse é o parque Água Branca, no bairro Perdizes.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Eclipse


Museu Oscar Niemeyer, agosto de 2008.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Quetzacoalt

Há uma serpente que rasteja dentro de mim
a qual renego e acaricio
alternando culpa e orgulho
pureza e escárnio

Meiga e má
menina, mulher
velha ranzinza
suas manias e suas pragas
sou todas e sou nehuma

Sou negra parda índia
branquela azeda
o meu sangue azul-vermelho
sangue nenhum
minhas veias estão vazias
escorreram-se em versos

Sai poesia, sai a passear
leva contigo minhas tristezas
que já não as quero mais
leva contigo minha maldade
minhas mesquinhas perve-cidades
carrega meu ego insaciável e dai-lhe de beber

E me deixe aqui sozinha, sem mim
porque longe de mim eu posso criar asas
ser serpente emplumada
ser da terra que tudo vê.

sábado, 23 de agosto de 2008

Pé de poesia


Bosque dos cachorros, agosto de 2008.

Onde?


Eles adoram esse enquadre... Mari e Amatuzzi, agosto de 2008.

Detalhes

Bosque dos Cachorros, agosto de 2008.





quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Viajeros - Admirável Mundo Novo

Aproveitando a passagem pela província de Córdoba, fomos à casa onde Che Guevara passou sua infância, transformada em museu dedicado à sua história. A casa se localiza em Alta Gracia, a cinqüenta minutos de ônibus da capital da província.
Pudemos conhecer a história do menino e adolescente que viria a tornar-se o homem-mito, símbolo da luta por justiça e igualdade, e sua posterior trajetória como guerrilheiro e líder político. Sua dedicação aos seus ideais é memóravel. Um homem que na vida privada e social seguia seus princípios, que dedicou a vida à construção de uma sociedade que não diferencia pobres e ricos, brancos e pretos, homens e mulheres. Acreditava que a luta armada era a única maneira de mudar o sistema opressor. Abdicou dos prazeres que sua condição social oferecia, da convivência com sua família, tudo na tentativa de concretizar o que achava ser o melhor para a humanidade.
"Sejam capazes de se indignar cada vez que virem uma injustiça", escreveu Che Guevara aos seus filhos. Mas não queremos ver. Convivemos com crianças revirando lixo em busca de comida e desviamos o olhar. Selecionamos o que convém à estabilidade de nossos mundinhos de ilusão e consumo. Nos empilheiramos em grandes centros, cedemos à massificação, à desumanização e ao tratamento impessoal do homem moderno. Fazemos dos meios os fins. O dinheiro deixa de ser uma ferramenta, passa a ser um fim em si mesmo, o maior e incontestável valor humano. Somos incapazes de conversar com os moradores de rua, de oferecer-lhes um pedaço de pão. Trasformamos solidariedade e amor ao próximo em palavras vagas, esvaziadas de seu verdadeiro significado.
Somos egoístas. Competitivos. Capitalistas. "Que vença o melhor", esse é o lema de nossa sociedade. Mas a maioria nem tem a oportunidade de desenvolver seu melhor, é explorada em subempregos, desempregada, sobrevive nas condições mais precárias de vida, excluída de infra-estrutura e tecnologia.
Tenho vergonha do que a humanidade se tornou. Bando de selvagens egoístas, isso que somos. Temos medo. Queremos poder, conforto e prazer. Não dialogamos, trocamos frases mecânicas que não dizem nada. Conveniência social, bons modos. Desumanização. Escondemos o que temos de mais rico, de mais espontâneo e único atrás de frases feitas. Nossos olhos estão presos aos nossos umbigos. E assim, insistentemente, seguimos.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Viajeros - Vida de mochileiro

Em Resistencia, capital da província do Chaco, empreendemos nossa primeira tentativa de vender artesanato. Até então estávamos produzindo para juntar quantidade suficiente para expor. Paramos numa esquina movimentada, estendemos nosso pano, colocamos os colares e malabares e timidamente cumprimentávamos as pessoas que dirigiam alguma atenção ao nosso trabalho. Fizemos isso uns dois ou três dias, por cerca de duas horas. Não vendemos nada.

Nos alojamos no Parque Municipal e Camping Dos de Febrero. Lá conhecemos três artesãos - Keko e Andrés de Córdoba e a chilena Maribel. Eles nos falaram da Festa do Dourado, que iria acontecer em Isla de Cerrito no fim de semana, com a promessa de que lá seria bom para vender artesanato.


Festival em Isla de Cerrito.

Isla de Cerrito é uma cidadezinha do interior, a 60 km de Resistencia. A Festa do Dourado é o grande acontecimento da cidade. Chegamos lá no dia 31 de agosto, uma quinta-feira. A festa iria de sexta a domingo. Durante todo o festival vendemos um colar. Cinco pesos, equivalente a cerca de três reais. Conhecemos vários artesãos de diversas partes do país. Uma vida simples, porém livre. Eles percorrem a Argentina vendendo seu trabalho e conhecendo gente. "É uma vida boa, para quem não é materialista", me disse Santiago, um dos artesãos que conheci. Vivem com pouco e dividem o pouco que têm. Desprezam o luxo, amam a liberdade.


Artesãos malabaristas na Festa do Dourado.

De volta à estrada
Segunda-feira nos despedimos de nossos novos amigos. Pegamos o ônibus até Resistencia para pedir carona mais uma vez, com destino a Córdoba. Já era final de tarde; junto com a noite se aproximava a possibilidade de dormirmos mais uma vez na loja de conveniência do posto de gasolina, o mesmo onde tínhamos passado a noite há cerca de uma semana atrás, depois de um dia inteiro pedindo carona sem sucesso. Quando já estávamos na expectativa de mais uma noite mal dormida, um caminhão que transportava gado parou. Impossível descrever a sensação de alívio que esse momento propicia.

Histórias de caminhoneiro
Marcelo era seu nome. Seu caminhão era bem equipado, moderno. Não parecia querer muita conversa. Entretinha-se com seus dois celulares, fazendo ligações e mandando mensagens. Tentei puxar conversa, mas ele não respondeu. Não sei se não me ouviu ou simplesmente me ignorou. De qualquer maneira, entendi o recado e fiquei na minha.
Uma foto pendurada chamava a atenção - uma linda mulher de tranças loiras e olhos claros. Devia ser alguma modelo ou atriz famosa, pensei. Até que ele nos perguntou: "Quantos anos vocês acham que ela tem?". Chutamos uns vinte e poucos. "Ela tem dezoito anos, é a filha do meu patrão", disse ele.

Eles se conheceram há três anos pela internet. Foram conversando sem saber suas identidades. Um dia ela comentou que seu pai era dono de uma empresa de caminhões - a empresa onde Marcelo trabalhava. Eles passaram a se encontrar e ela começou a demonstrar interesse por ele. Ela tinha só quinze anos e era filha de seu patrão. Ela era rica, ele pobre. Marcelo sabia que isso traria problemas e tentou evitar o romance. Mas ela era tão linda...

Namoraram uns cinco meses escondidos. Como era inevitável, um dia ele foi falar com os pais dela, os seus patrões. "Eu estou com um problema amoroso", disse ele. "Qual problema?", perguntou a mãe. "É com sua filha, esse é o problema", respondeu Marcelo. Os pais dela disseram que isso não era um problema. Disseram que ele era honesto, trabalhador, isso que importava. Eles mesmos já tinham sido pobres e aceitaram bem o romance da filha com o empregado.

Faz três anos que eles estão juntos. Ela lhe deu um carro e um caminhão novo, mas ele diz que isso não interessa, quem tem dinheiro é ela, ele continua pobre. E continua a tratar seu patrão da mesma maneira enquanto trabalha, mantendo o relacionamento patrão-empregado. Fora da empresa ele é seu genro, mas continua sendo seu chefe. Ela quer casar, diz ele que não tem pressa. E passou toda a viagem falando de sua namorada.

Nos deixou na cidade de Sé Pereira, província de Santa Fé, perto da província de Córdoba. Confesso que em alguns momentos desconfiei do conto de fadas do rapaz. Talvez aquela foto fosse de uma modelo famosa e todo o resto fosse fantasia. Talvez.

Eram sete horas da manhã. Lindo nascer do dia. Fazia muito frio, o capim estava congelado. Paramos na saída da cidade, logo depois de um cruzamento com uma linha de trem - os carros eram obrigados a baixar a velocidade, impossível nos ignorar. Cerca de duas horas depois um caminhão parou. Horácio, o motorista, disse que podia nos deixar uns 100 km mais para frente. Aceitamos a carona.

O relevo sempre plano. Plantações de soja e trigo. Pastos. Ele foi nos falando do problema da concentração de terra, dos grandes latifúndios, do mal que fazem os agrotóxicos, das diferenças regionais do país. O norte é a região mais pobre e a maior parte da riqueza do país se concentra em Buenos Aires.

Ele nos deixou na entrada de uma cidade. Almoçamos pão com queijo, especialidades argentinas, e seguimos nosso caminho. Tínhamos que andar até a saída da cidade, voltar à rodovia que levava a Córdoba. Caminhamos em torno de 7 km com as mochilas nas costas. Chegamos exaustos e o sol, mais uma vez, estava próximo de se pôr. Paramos perto de um posto - nosso abrigo, caso não conseguíssemos carona.

Mal levantamos o dedo e parou um caminhão. Walter era o nome do motorista. Estava indo para Córdoba. Muito simpático desde o início, nos ajudou a botar as mochilas na traseira do caminhão. Nos ofereceu mate e bolachas, mostrou a foto de seus filhos e nos contou um pouco da sua história.

Filho de italiano, sustenta sua família com o seu trabalho. Um de seus irmãos foi tentar a sorte na Itália. Faz anos que não tem contato com ele. Seu irmão mais novo trabalha em uma empresa que paga seus estudos. Ele é caminhneiro desde os quinze anos, costumava viajar com seu pai, também caminhoneiro. Gosta dessa vida, apesar de ser cansativa.

Perguntei a todos os caminhoneiros que conheci se gostavam do seu trabalho. E todos responderam que sim, e se orgulhavam de conhecer o país quase por inteiro. Walter parou num posto na entrada de Córdoba. Nos despedimos e tomamos um ônibus até o centro.

Encontramos o albergue que um amigo tinha me indicado. Deixamos nossas coisas lá, saímos para comer, tomamos um banho e dormimos o bom sono dos cansados, depois de dois dias de carona quase sem dormir. Mas valeu a pena. Percorremos mais de 1000 km gastando só com alimentação. Vida de mochileiro. Coração de viajante.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Itinerário Donde Miras - Sol, Mar e Natureza

Depois de Peruíbe, o planejado era cruzar a mata atlântica novamente, desta vez na reserva da Juréia. Para atravessar a reserva é necessária uma autorização, que infelizmente não nos foi concedida. O itinerário teve que ser mudado - a Barra do Una foi cortada do trajeto. A solução encontrada foi alugar uma van para ir até Barra do Ribeira, no município de Iguape, sendo que a distância era muito grande para ser percorrida a pé sem estrapolar o cronograma.


Na van de Peruíbe para Barra do Ribeira.

Lua cheia. Rio e mar. Calor no inverno, fogueira na areia. Momento de sentir, cheirar. O sol se pôs e a lua nasceu vermelha no mar. O concreto do cotidiano urbano da caminhada até então cedeu para a magia da natureza na Barra do Ribeira. Mais um sarau e mais uma oficina - teatro, com Gil Marçal - desta vez, à beira-mar. Novamente, hora de partir.


Binho cuidando da fogueira em Barra do Ribeira.

O percurso da Barra do Ribeira até o centro de Iguape é lindo - balsa, estrada de terra, asfalto sinuoso rodeado por mata, bica na montanha. Pôr-do-sol no mirante na entrada da cidade. O alojamento era uma estação do Ibama. A mata, o jardim do quintal. Os pingüins, nossos vizinhos de quarto. Eles foram encontrados na praia por estagiários do Ibama, exaustos da sua viagem desde o sul da Argentina até o litoral paulista. Eles vêm em busca de alimento e calor, por isso os estagiários os colocam dentro de uma caixa de papelão junto com garrafas de água quente - por mais absurdo que isso pareça. Na caminhada de Itanhaém a Peruíbe, havíamos encontrado um pingüim morto na praia. Mais uma vez eles faziam parte de nossa viagem.


Pingüim morto em Peruíbe.


Estação do Ibama em Iguape.

Em Iguape, saí com a Bicicloteca pela primeira vez, junto com outros Donde Miras. Pude percorrer essa linda cidade histórica doando e arrecadando livros, batendo de porta em porta e conhecendo de perto a população local. Pessoas sem medo de conversar com o outro, longe da paranóia da metrópole, da cultura da violência - crianças, poetas, escritores, vovós, comerciantes, operários. Pessoas que não temem outras pessoas.

O sarau em Iguape foi marcante. Participaram o grupo de percursão da cidade, formado por crianças, a companhia kiwi de teatro, que veio de São Paulo especialmente para essa noite, e poetas - gente se expressando, independente de títulos artísticos. O filme Leonel pé-de-vento de Jair Giacomini foi exibido, como em outros saraus, e mais uma vez encantou o público. No final uma linda roda, ritual sempre presente nesta caminhada, uniu todos os presentes, envolvidos com os cantos de Lívia e a energia do círculo. E a festa continuou na pastelaria dos taiwaneses - que diabos será uma porção de guioza?


Lívia na bicicloteca em Vila de Pedrinhas.

De Iguape atravessamos a ponte até o centro de Ilha Comprida. Mais um sarau, mais um companheiro - o colombiano Mono, que seguiu caminhada conosco até Vila de Pedrinhas e nos passou um pouco do seu vasto conhecimento sobre nossa América Latina. "A revolução latino-americana só acontecerá quando trocarem as armas pelas canetas", disse o ex-guerrilheiro Mono, que atualmente trabalha para o governo venezuelano.


Comoção durante a fala de Mono - Mucho, Joana, Kátia e Marivone.


Mono sendo abraçado por Marivone.

O centro de Ilha Comprida não é nada do que se espera quando se vai a uma ilha - muitos carros e concreto, poucas árvores. Já Pedrinhas, povoado de Ilha Comprida, é um paraíso. Estrada de terra, vegetação abundante, pássaros e estrelas cadentes. Muita paz e, pela primeira vez na caminhada, chuva. Um viajante chegou de bicicleta desde Curitiba para nos encontrar - Thiago, com seus malabares de fogo. De São Paulo veio Allan da Rosa, com sua voz forte e seu olhar marcante, e coordenou uma oficina de literatura.


Crepúsculo em Vila de Pedrinhas.

No sarau, ao contrário do que acontece nas grandes cidades, a vila toda veio participar. Duas meninas conduziram a roda final com "tchu tchu ê, tchu tchu á", um momento mágico em que todos voltaram a ser crianças e se permitiram brincar. Três músicos de São Paulo - Erik, Hugo e Douglas - casualmente se juntaram a nós em Pedrinhas, e seguimos até Cananéia, destino final de nossa caminhada.


Vagnão, Allan, Hugo e Erik fazendo um som.


Vanessa, nossa amiguinha de Pedrinhas, com a bandeira Donde Miras.

O trecho São Paulo - Cananéia da Expedição Donde Miras chegou ao fim em vinte e sete de julho. Hora da despedida. Foram vinte e três dias de muitos passos, aprendizado, compreensão e revolução - nos olhos, na consciência e no coração. A última roda, a última fogueira, o último sarau. Por enquanto. Novos projetos brotam e a vontade de seguir desbravando a América Latina e a nós mesmos cresce mais e mais. Avante, caminhantes! A jornada mal começou.


Thiago no sarau em Cananéia.


Hugo, Douglas, Thiago e Erik tocando a música que comporam para a expedição.

Donde Miras - Quintal

Estação do Ibama, alojamento dos Donde Miras em Iguape.





terça-feira, 5 de agosto de 2008

Itinerário Donde Miras - Praias Urbanas

Depois de passar pela aldeia guarani Tenonde Porã, na cidade de São Paulo, e pela aldeia Rio Branco, no município de Itanhaém, a Expedición Donde Miras chegou a Santos no dia seis de julho. Após a difícil caminhada de uma aldeia à outra na mata, as caminhadas pelo litoral foram tranqüilas - terreno plano, sol e a deliciosa brisa do mar, sem contar a vista e a possibilidade de andar com os pés na água. O grupo integrou-se cada vez mais, formando a família Donde Miras.


Zinho Trindade e Adriano Soares no sarau em Santos.

Os viajantes ficaram alojados na Oficina Cultural Regional Pagu, localizada na antiga cadeia de Santos, graças à Assaoc - Associação Amigos das Oficinas Culturais do Estado de São Paulo, parceira da expedição. Havia um sarau programado para a noite da chegada, mas devido a atrasos da caminhada o grupo chegou meia hora após o horário estabelecido e o equipamento de produção da prefeitura de Santos já não estava disponível. Mesmo assim os Donde Miras percorreram a praça cantando e iniciaram o sarau. Na volta para o alojamento, uma intervenção no busão surgiu espontaneamente, com os versos de Zinho Trindade e poesias de Adriano Soares e Johnny Mucho.


Mucho na intervenção no busão.


Caminhada Santos - São Vicente.

No dia seguinte a caminhada partiu para São Vicente, a primeira cidade do Brasil. Na terça-feira, dia oito, o grupo foi recebido com teatro local na Vila de São Vicente, centro turístico da cidade. O sarau aconteceu à noite, com a participação de apreciadores e produtores de arte locais, e um debate sobre a realidade cultural da cidade foi suscitado. A falta de incentivo cultural por parte da administração pública foi apontado, porém chegou-se à conclusão que atividades culturais podem e devem ser organizadas pela própria população, mesmo sem apoio do Estado.


Teatro de recepção à expedição em São Vicente.


Donde Miras na Vila de São Vicente.

Após um dia de descanso, a expedição seguiu seu trajeto rumo à Praia Grande. O sarau ocorreu no mesmo dia da chegada no ginásio Rodrigão, onde o grupo estava alojado. Estudantes e professores do EJA - Educação para Jovens e Adultos participaram do sarau, no qual foram exibidos o trailer do filme do primeiro trecho da Expedición Donde Miras, de São Paulo a Curitiba em janeiro deste ano, e o filme Panorama - Arte na Periferia, seguidos de música e poesia.

Após Praia Grande foi a vez de Mongaguá. O grupo foi acolhido no Centro Cultural Raul Cortez, onde realizou-se a oficina de dança contemporânea, ministrada por Cícero Mendes. À noite no sarau, os moradores participaram com poesia e blues, e os Donde Miras contribuíram com mais poesia.


Cícero em sua apresentação no sarau em Mongaguá.


Oficina de dança contemporânea em Mongaguá.


Apresentação de blues no sarau em Mongaguá.

A próxima parada foi em Itanhaém. Alisson da Paz coordenou a aula aberta de literatura em ação e mais um sarau foi promovido. De Itanhaém a expedição partiu para Peruíbe, onde Zinho Trindade desenvolveu uma oficina de ritmo e poesia, seguida por um entusiasmante sarau. O destino seguinte era Barra do Ribeira, onde a Expedición Donde Miras iniciaria mais uma fase de sua caminhada, de contato mais intenso com as pessoas e com a natureza.


Ruína de igreja em Itanhaém.


Alisson em Itanhaém.


Bira ajudando Marivone na caminhada de Itanhaém a Peruíbe.

domingo, 3 de agosto de 2008

Piauí


São Paulo, julho de 2008.

Piauí, como ex-tabagista convicto, dedica sua vida a conscientizar as pessoas contra o mal do cigarro, nos aspectos pessoal e ambiental. Para isso recolhe e constrói objetos com bitucas, além de conversar com as pessoas na Avenida Paulista e distribuir cartilhas que produz.

Letícia


São Paulo, julho de 2008.

Donde Miras - Bicicloteca


De cidade em cidade arrecadando e doando livros - bicicloteca da Expedición Donde Miras, trecho São Paulo - Cananéia, julho de 2008.

Joseca - Maurício de Olinda


Últimas gravações do mendigo.