Há uma serpente que rasteja dentro de mim
a qual renego e acaricio
alternando culpa e orgulho
pureza e escárnio
Meiga e má
menina, mulher
velha ranzinza
suas manias e suas pragas
sou todas e sou nehuma
Sou negra parda índia
branquela azeda
o meu sangue azul-vermelho
sangue nenhum
minhas veias estão vazias
escorreram-se em versos
Sai poesia, sai a passear
leva contigo minhas tristezas
que já não as quero mais
leva contigo minha maldade
minhas mesquinhas perve-cidades
carrega meu ego insaciável e dai-lhe de beber
E me deixe aqui sozinha, sem mim
porque longe de mim eu posso criar asas
ser serpente emplumada
ser da terra que tudo vê.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
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5 comentários:
Nossa... essa tocou...
bjss pretume
beijo letición! aguardo visita.
que bom sair do orkut e aproveitar mto melhor o tempo na internet, por exemplo, lendo o seu blog.
Parabéns Mi, essa é fantástica!
PS.Só não entendi o título
OLá mi, tudo bem? Quanto tempo!
Ahh, parabens!:Arte em grau superlativo!!!
Esta serpente emana algo psicodelico? Foste "buscar" Ela em outras dimensoes? Ou é endógena?
Bjo!
E aí Adriano, ressurgiste! Pena que não foste na última caminhada. Velu pelos parabéns, essa poesia foi baseada numa divindade maia, a serpente emplumada, e em mim mesma (meu "signo" maia é serpente), nas minhas angústias e buscas. Ó, na real esse blog ficou pra história, agora estou escrevendo no www.miradas.soylocoporti.org.br
Beijão!!!
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